"Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas,tóxicas

e sem entusiasmo que tentam te arrastar para o fundo

dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento.

A insegurança dessas pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer companhia,

e lá vai você com elas... junte-se a pessoas ENTUSIASMADAS

que o apoiem em seus sonhos, projetos pessoais e profissionais. "

Excalibur


Arthur havia retirado a espada da pedra, e a carregava consigo por honra e mérito. Mas, seria uma espada apenas suficiente para assegurar sua autoridade e torná-lo chefe de todos os cavaleiros? A história a seguir narra um exemplo de humildade e sabedoria aprendidos por Arthur. Pouco tempo depois de ter sido reconhecido rei e ocupar-se do castelo de Camelot, Arthur recebeu um jovem pajem que conduzia o corpo de um jovem cavaleiro em cima de um cavalo branco. O homem era seu antigo amo, que havia sido assassinado na floresta, por não respeitar o aviso que quem a transpusesse corria risco de vida. Clamava por justiça a Arthur, enquanto os cavaleiros presentes estendiam suas indignações quanto à alguém fechar uma floresta para que ninguém passasse.

Nesse ínterim, um jovem escudeiro de nome Griflet adiantou-se, suplicando que Arthur o sagrasse cavaleiro e confiasse a ele a missão. O rei ficou dividido, uma vez que Griflet era demasiado jovem para a tarefa. Merlin, por usa vez, censurava a idéia de enviar o jovem escudeiro, uma vez que o cavaleiro desafiante da floresta era Sir Pellinor, um dos guerreiros mais fortes do reino.

Mas Arthur era o rei, e cabia a ele decidir. Teve compaixão pelo apelo do jovem, e irado com a morte do cavaleiro, Arthur retirou sua espada da cintura e sagrou Griflet como cavaleiro. Em seguida, incumbiu-o de ir até a floresta enfrentar Sir Pellinor e retornar o mais breve possível.

O agora então Sir Griflet armou-se e galopou ferozmente em seu cavalo, rumo ao desafio. Em pouco tempo, encontrou um escudo pendendo em uma das árvores. Com um golpe furioso, jogou-o no chão, e ao fazê-lo, chamou a atenção de alguém. Sem dúvida, o alguém era Sir Pellinor, que foi prontamente desafiado para uma justa. O cavaleiro da floresta recuou, alegando que Griflet era demasiado jovem, mas Griflet insultou-o, chamando-o de covarde. Uma afronta destas Sir Pellinor não poderia esquecer. Montou em seu cavalo e bateu lanças com o emissário do rei Arthur. Em pouco tempo, o jovem estava caído ao chão, o lado esquerdo perfurado pela lança. Sir Pellinor o colocou novamente no cavalo e mandou-o de volta para Camelot.

O rei Arthur ficou furioso ao visitar Sir Griflet, que sobreviveu por milagre. Imediatamente vestiu sua armadura e colocando um elmo, de modo a ocultar-lhe o rosto, cavalgou rápido em direção à floresta. Dentro de algum tempo, encontrou Sir Pellinor sentado calmamente do lado de fora de sua tenda. Desafiou-o, e houve um duelo de lanças feroz. Em um instante, suas lanças estavam quebradas e investiram um contra o outro com as espadas. O sangue corria pela armadura de ambos os cavaleiros e, em um golpe de extrema fúria, Arthur desferiu um golpe com tamanha força que teve sua espada estilhaçada. Pellinor então aproveitou-se da vantagem, jogou o rei ao chão e preparava-se para corta-lhe a cabeça quando Merlin surgiu por detrás das árvores.

- Se fizeres isso – disse a Sir Pellinor – estarás condenando a Bretanha a uma era de infortúnios, pois este é o rei Arthur.

E rapidamente neutralizou as ações do cavaleiro, colocando-o em sono profundo. Sir Pellinor teria matado Arthur, temeroso por uma vingança. Quando o rei voltou a si, lamentou-se com Merlin pelo ocorrido: imaginava que Merlin o tivesse matado.

- Não se preocupe – disse-lhe Merlin – a saúde dele é melhor que a vossa, e o encontrará em breve entre seus mais valentes cavaleiros, assim como seus filhos, Sir Percival e Sir Tor.


Assim, agindo de forma impensada, Arthur pôs em risco sua vida e seu reino, cedendo aos instintos de um orgulho ferido. Temos, como todo ser humano, um momento que podemos denominar fraqueza. Isso decorre defronte alguma adversidade que, diante de nós não sabemos bem como proceder. Acabamos agindo por instinto, muitas vezes negativo, sem ponderarmos qual a melhor alternativa. Na pior das hipóteses: porque Arthur não enviou cinco homens fortemente armados enfrentarem Sir Pellinor? Porque teve que ser justamente ele o desafiante? Sua honra sentia-se maculada, um de seus homens – sagrado cavaleiro por ele – havia falhado; a falha não deixava de ser do próprio Arthur. Quando foi confrontado e derrotado, o rei percebeu que um combate não é ganho por sua posição, e sim pela ação.

Merlin tratou de curar os ferimentos de Arthur e, dentro de alguns dias ele estava pronto para seguir viagem. Nesse momento, Arthur notara que já não possuía uma espada para se defender. Merlin despreocupou-o, dizendo que iniciavam naquela instante uma busca, a procura por uma espada monumental, diferente de todas as outras. Cavalgaram pela floresta vários dias até chegarem a um grande lago azul; aproximando-se da margem contemplando suas águas serenas, Arthur deparou-se com uma visão deslumbrante: erguendo-se nomeio do lago, uma dama vestida de seda branca segurando uma brilhante espada. Ia balbuciar a Merlin alguma coisa, mas o mago se antecipou, revelando-lhe que aquela espada era a espada que lhe falara.

- Esta é a senhora do lago – continuou Merlin – tenha paciência, e ela lhe dirá como conseguir a espada.

Pouco depois, ela se aproximou de Arthur e lhe disse:

- Eu sou a Senhora do Lago, venho até ti para dizer que tua espada Excalibur encontra-se logo ali adiante. Venho guardando-a durante muito tempo, à sua espera, durante seu crescimento até agora, um homem formado. Mas deve-me fazer uma promessa: algum dia lhe pedirei um favor, e devereis me dar aquilo que eu desejares.

- Dou-lhe a minha palavra – disse Arthur de imediato.

Então, um barco navegou em sua direção chegando até a margem. A um sinal da Senhora do Lago, Arthur embarcou e ordenou-lhe que pegasse a bainha e a espada. O rei estendeu sua mão e apanhou os dois objetos, o barco deu meia volta e ao voltar, a senhora do Lago desaparecera. Merlin, olhando o deslumbre que era acometido, perguntou a Arthur:

- Diga-me, o que seria mais valioso, a espada ou a bainha?

- A espada, é claro – respondeu.

- Digo-lhe que estás enganado. Esta bainha vale mais que dez espadas juntas, pois quem a usar não perderá sequer uma gota de sangue. Não importa quão grave seja o ferimento. Que isso lhe sirva de lição. Conserve-a sempre em vosso poder.

Nesta situação, podemos contemplar lições de humildade em dois pontos. O primeiro refere-se ao valor que se dá as coisas. Confirmando o ditado que "a melhor defesa é o ataque", Arthur achava a espada mais importante que a bainha, como todo cavaleiro assim o faria, usa a espada para atacar, e por consequência, manter-se vivo. Mas Merlin lhe informa o contrário, diz-lhe o verdadeiro valor da bainha, e Arthur acaba constrangido, não entendendo essa total inversão de valores. Em verdade, Arthur como rei posteriormente aprendeu o sentido da bainha – embora não pudesse aproveitá-la durante muito tempo, pois ela lhe foi roubada por sua meia-irmã Morgana.

"É necessário mais inteligência e determinação para não tirar a espada da bainha e fazer algo, do que tirá-la e cometer algum erro."

Não basta ter o conhecimento, não basta saber como usar. É preciso saber quando usar. Existe um tempo preparado para tudo o que você aprendeu. Cabe a você usá-lo no momento apropriado.

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