"Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas,tóxicas

e sem entusiasmo que tentam te arrastar para o fundo

dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento.

A insegurança dessas pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer companhia,

e lá vai você com elas... junte-se a pessoas ENTUSIASMADAS

que o apoiem em seus sonhos, projetos pessoais e profissionais. "

Lancelot


De todos os Cavaleiros da Távola Redonda, sem dúvida Lancelot é o mais popular de todos. Até hoje acalenta-se a dúvida: porque?

Lancelot estava longe de ser o cavaleiro perfeito; suas raízes eram completamente mundanas, não era em desempenho superior a Sir Gawain ou Sir Pellinor, e suas missões nunca tiveram o cunho sagrado das de seu filho, Galahad. Mesmo assim, ele foi o mais popular de todos os cavaleiros, seu nome ainda reside inscrito em vários baralhos de carta (como cavaleiro de paus) vendido na França e quando mencionamos o nome de Arthur, o nome que recebemos em resposta é o dele, Lancelot. Porque, qual a razão dessa popularidade, desse sucesso?

Oh, bem lembrado. Sucesso. É disso que estamos falando!

Pouco tempo depois da experiência de Sir Gawain com o Cavaleiro Verde, Merlin despediu-se de Arthur e sua corte. Sua missão estava concluída, e ele deveria repousar até o dia em que retornaria de seu sono para ajudar o país quando este precisasse. Arthur, tomando de grande emoção, despediu-se do conselheiro e amigo. Merlin então, cavalgou até chegar a Gales do Norte, onde antes de abandonar este mundo, enviou uma mensagem a Lancelot para apresentar-se diante de Arthur, em Camelot. Como último desejo, pedia a Arthur que o sagrasse cavaleiro. Naquela véspera de Pentecostes, Arthur cavalgava com seus homens quando avistou um cavaleiro ferido no meio do caminho. Ao virarem seu corpo notaram uma lança quebrada que perfurava sua cabeça. Arthur, gentilmente indagou ao cavaleiro se preferia o auxílio de um médico ou um padre. O mesmo lhe respondeu que apenas deveria chegar à corte do rei Arthur em Camelot, para que o mais valente dos cavaleiros o curasse de seus ferimentos, e somente ele. Arthur prontamente atendeu o pedido do moribundo, carregando-o até Camelot em uma liteira. No dia seguinte, dia de Pentecostes, conforme o costume de todos os anos, os cavaleiros se reuniram para contar suas aventuras e renovar o seu juramento. Depois, um a um impuseram suas mãos sobre o ferido, e nenhum deles teve sucesso. Então, surgiu uma dama acompanhada de um jovem louro, anunciados por um clarim. Ele era de tamanha beleza que todas as mulheres da corte coraram ante a sua presença; a rainha Guinevere, entretanto, perdeu a cor. Lancelot, assim que a viu, decidiu que nenhuma outra mulher dedicaria seus feitos a não ser a esposa do rei Arthur.

A dama dirigiu-se até o rei, dizendo que o jovem fora-lhe enviado por Merlin, que como último pedido queria que o rei sagrasse o jovem cavaleiro. Lancelot, também conhecido como "Lancelot do Lago", por ter sido criado na mística terra de Avalon, teria o seu lugar de direito assegurado ao lado direito do famoso "Assento do Perigo". Arthur retirou sua espada da bainha e sagrou Lancelot como cavaleiro. Então, o ferido que assistia a tudo de uma padiola, depositou suas esperanças no recém-chegado. E de fato, quando Lancelot tocou-lhe, seus ferimentos se fecharam e não houve mais dor. A dama sorriu e disse em tom de voz tão baixo que apenas uns poucos puderam ouvir:

- Somente mais uma vez em sua vida curareis um cavaleiro, Sir Lancelot, porém este feito marcará o fim de uma grande amizade.

E o rei Arthur, feliz por receber um cavaleiro enviado por Merlin, não deu atenção as palavras da dama.

Nem todos os cavaleiros de Camelot receberam Lancelot do Lago com satisfação. Era um escudeiro sem experiência, não praticara nenhuma façanha ou vivera gloriosas aventuras. Mas não tardou para que as más línguas se calassem, pois seus feitos conquistaram a maior de todas as famas dos cavaleiros. Mas nem por isso era o melhor de todos, apesar de ser o mais valente, uma mancha em seu caráter o impedia de ser perfeito. Lancelot amava Guinevere e seus atos eram apenas para buscar sua honra. Apesar da traição que ostenta, o que mais leva Lancelot a triunfar senão a vontade suprema, a obstinação e a certeza de que nada poderá ficar em seu caminho, senão o maior de todas as forças, que é o amor?

Muitas foram as façanhas de Lancelot pela rainha; como por exemplo, defender a sua honra publicamente quando todos os outros cavaleiros recusavam-se a fazê-lo, pois sabiam do romance da rainha com o cavaleiro, o que gerava um mal-estar em toda a corte; socorrê-la em virtude de um rapto, fato no qual transformou Lancelot conhecido como o Cavaleiro da Carreta – pois utilizara-se deste veículo para adentrar no castelo do raptor e salvar Guinevere sem chamar a atenção.

Sua determinação e seu amor apenas macularam-se quando fora enganado por uma princesa de nome Elaine – que usando de uma poção, fez-se passar pela rainha, seduziu-o, gerando com ele um filho, que seria Galahad, o predestinado a encontrar o Santo Graal. Guinevere jamais o perdoou por isso, e ele baniu-se voluntariamente de Camelot por muitos anos, e embora construísse nova vida e prosperasse, seu olhar voltava-se para Logres, até que Guinevere mandasse chamá-lo de volta.

Seus atos não merecem julgamento. Seu amor era sincero e incontrolável.

Contudo, o caminho que Lancelot escolheu trilhar determinou o seu destino. Embora fosse realizador de grandes feitos, sua maior mácula fora justamente ser impedido de continuar a busca do Santo Graal. Quando avisado que corria risco de vida caso prosseguisse, Lancelot percebeu, da maneira mais dolorosa possível, que seu comportamento selara para sempre seu destino em benefício das coisas materiais. Mas esta decisão o afastou da espiritualidade e não haveria como conciliar os dois lados.

O grande mistério em torno da lenda de Lancelot do Lago reside neste dilema:

Porque não posso servir a dois ideais? Porque o sucesso em uma meta me conduz ao fracasso em outra?

Em muitos casos, isso chega a ser verdade, mas não necessariamente uma regra. O grande objetivo de toda pessoa durante a vida é triunfar, sem necessariamente perder nada que já possua durante esta jornada. Há naturalmente uma tendência a seguir por um caminho, o que nos faz abandonar o outro temporariamente. Não é nada preocupante; uma vez que você alcançou o sucesso em um objetivo, nada te impede de alcança-lo em outro. Você é capaz, e prova isso a cada instante, assim como Lancelot o fez.

Apenas faça uma coisa de cada vez; estabeleça prioridades. Poucos são aqueles que conseguem triunfar em mais de uma atividade ao mesmo tempo. Para isso, é necessário auto-disciplina, não se consegue isso da noite para o dia. Mas, usando a maior de todas as armas, o amor, você poderá triunfar.

Ame a si próprio. Ame sua meta e ame cada oportunidade que lhe aparecer. Acima de tudo, ame cada sucesso como um incentivo a ir mais a frente, justamente como Lancelot o faria.


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mais sobre lancelot...

Lancelot era filho de Viviane, o melhor guerreiro da Távola Redonda e o Mestre de Armas de Arthur. Lancelot mantinha vínculos com Avalon e sempre que podia visitava sua mãe, porém ele não seguia nenhuma das duas religiões da época (Católica e Wicca), Lancelot não era um homem ligado aos cultos religiosos, embora pertencesse à linhagem real e tivesse a visão.

Ele era apaixonado por Guinevere, antes mesmo desta se tornar rainha. A sua vida sempre foi regada por vitórias em batalhas e campeonatos, Lancelot era o mais valioso guerreiro do rei e o mais hábil domador de cavalos selvagens. Casou-se tarde, com a filha do rei Pelinore e, com isso, se afastou um pouco do reino de Camelot e da rainha Guinevere, com quem mantinha encontros furtivos e a quem realmente pertencia o seu coração.

O seu romance com Guinevere foi descoberto pelos cavaleiros da Távola Redonda, e depois disso ele foi expulso do reino de Arthur e nunca mais voltou. Lancelot morreu velho no reino de seu sogro, o Rei Pelinore.

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