"Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas,tóxicas

e sem entusiasmo que tentam te arrastar para o fundo

dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento.

A insegurança dessas pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer companhia,

e lá vai você com elas... junte-se a pessoas ENTUSIASMADAS

que o apoiem em seus sonhos, projetos pessoais e profissionais. "

Galahad // A Criação de Camelot


Em determinado momento do dia você percebe a alteração do clima; uma diferença de luminosidade, a cor das árvores. Quando se passam algumas horas a noite cai, e a escuridão toma conta do ambiente. Isso decorre da rotação da Terra, fornecendo a nós, ciclos de noite e dia. Tornou-se tão natural o dia virar noite, e vice-versa, ou ficamos tão acostumados a olhar em um relógio que esquecemos de olhar os sinais da natureza. Ela própria já anuncia a transformação, o outro lado.

Assim é Galahad, o mais virtuoso dos cavaleiros. Filho de Lancelot com a princesa Elaine, foi predestinado desde o ventre para ir em busca do Santo Graal. Como dito anteriormente, Lancelot foi impedido de prosseguir por sua natureza mundana. Mas, eis que seu filho retrata exatamente a outra face do pai, aquela que foi abandonada há muito atrás por causa de um amor proibido. É essa face que ergue-se para triunfar, e fechar um ciclo há muito iniciado. Sua apresentação à corte de Arthur não podia ser mais apropriada. Lancelot havia sido convocado até uma abadia, onde dezenas de freiras pediam-lhe que sagrasse cavaleiro um jovem sob seus cuidados. Lancelot concordou, e na missa de Pentecostes no dia seguinte, ele sagrou o jovem cavaleiro. Durante esse tempo, olhava para o jovem e tinha a sensação de estar olhando para si mesmo, na juventude.

Feito cavaleiro, Lancelot o convidou para cavalgar com ele rumo a Camelot, mas o jovem desculpou-se prometendo estar lá na hora combinada. Desta feita, Sir Lancelot cavalgou sozinho rumo à Camelot. Quando lá chegou, estranhos fatos se sucederam. O primeiro deles, foram os dizeres que surgiram sobre o "Assento do Perigo".

"Quinhentos anos após a morte de nosso Senhor Jesus, este assento será ocupado".

Data esta que correspondia exatamente ao dia em que se encontravam todos reunidos. Os cavaleiros concordaram em cobrir a inscrição, até que este cavaleiro ali chegasse. Em seguida, um guarda entrou pelo salão comunicando ao rei Arthur o surgimento de uma espada enterrada numa pedra de mármore, às margens do rio. Os dizeres do cabo diziam que ela só poderia ser retirada dali pelo melhor cavaleiro do mundo. Arthur conferiu essas tarefa a Lancelot, que gentilmente recusou lembrando de seus próprios pecados. O rei passou a missão a Gawain, que também declinou. Diante disso, enfureceu-se e ordenou a Gawain que tentasse. Assim, ele segurou a espada pelo punho e a puxou, mas sem obter sucesso.

Retornando todos à corte, enquanto iniciavam a ceia, ouviu-se um estrondo, seguido da entrada de um ancião de túnica branca e um jovem vestido de vermelho. Com palavras mansas, o ancião comunicava a chegada do maior de todos os cavaleiros e aproximando-se do Assento do Perigo, descobriu-o do manto que o envolvia revelando as novas letras que apareciam sobre ele:

"Este é o assento de Galahad, o poderoso príncipe".

Ante esta constatação, o jovem calmamente sentou em seu lugar observado por uma multidão perplexa por contemplar um cavaleiro sentar naquele lugar impunemente. A semelhança com Sir Lancelot foi notada por muitos, mas apenas a rainha Guinevere ousou dizer que Lancelot era seu pai. Sir Lancelot encheu-se de orgulho ao constatar que sagrara o próprio filho cavaleiro. Terminada a refeição, Arthur acompanhou Galahad até a margem do rio e lhe apontou a espada na pedra de mármore, completando que jamais havia presenciado algo assim (com memória curta com certeza...). Galahad sorriu e fez notar ao rei que ela estava destinada a ele, tanto que viera sem uma espada em sua cintura. Com um simples gesto, puxou-a suavemente aquela que havia pertencido ao cavaleiro Sir Balin, fechando mais um ciclo de infortúnios.

Desta forma, Galahad foi apresentado à Távola Redonda; um torneio de lanças foi realizado para festejar o momento. Galahad declinou da oferta de um escudo, apesar dos insistentes esforços dos demais. Nem mesmo essas desvantagem o impediu de derrotar a todos, um a um, exceto Sir Lancelot e Sir Percival, com quem não lutou. Mais tarde durante a ceia, um estranho fato se sucedeu. Um trovão sacudiu o castelo, seguido de uma luz intensa. Então, todos deram conta que havia uma presença divina no ar, mas ninguém emitia som algum. De repente, o Santo Graal surgiu no meio do salão e circulou perante o olhar maravilhado de todos os presentes, envolto na mais pura seda branca. Cada cavaleiro foi induzido a imaginar que havia ceado seu alimento e bebida favoritos. Então, tão repentinamente como havia surgido, o vaso sagrado sumiu e os cavaleiros recobraram a fala. Naquele instante, tanto Arthur como todos os cavaleiros sentiram um imenso vazio em seus corações; pois tendo contemplado a glória do santo Graal, como poderiam descansar enquanto não realizassem a maior de todas as aventuras? Todos juraram não descansar até que um deles fosse bem sucedido.

E assim. Arthur teve por um dia, a maior ordem de cavaleiros vista no mundo.

Galahad entretanto, saiu à busca do Graal, como todos os demais. Embora sua missão de nascimento fosse o seu objetivo maior, durante sua jornada até o vaso sagrado provou e consolidou seu destino de maneira heróica, como nenhum outro cavaleiro jamais o fizera. Além do ciclo de Lancelot, Sir Galahad com a conquista do Graal, que havia sido conduzido até a Bretanha por José de Arimatéia, que por linhagem era seu parente. O segundo, curou os ferimentos do rei Pellan, que nunca cicatrizaram desde que Sir Balin o atingira com uma lança – o mesmo Balin que havia se apossado da espada que deveria ser sua. Há de ser mencionado também o escudo com o brasão de José de Arimatéia, que também só poderia ser empunhado pelo melhor cavaleiro do mundo. E, embora suas façanhas fossem todas grandiosas, eram diferentes comparadas às dos outros cavaleiros. Embora todos fossem compelidos a tentar, seus resultados eram infrutíferos, pois Galahad nascera para aquelas aventuras, e somente ele haveria de triunfar. Esta parte da lenda de Arthur dedica-se a uma bela lição de vida: a busca por um ideal particular, que contagia os demais a sua volta a fazerem o mesmo. Todos possuímos uma missão pessoal, e nada que outra pessoa faça a favor ou contra mudará esta condição. Apenas você tem o direito de fazê-lo, apenas você tem a capacidade para fazê-lo. Os cavaleiros – muitos deles jamais retornaram – não compreenderam que uma missão pessoal deve ter apenas um vencedor, escolhido a dedo. Não por sua glória ou por seus feitos, mas por direito. E, principalmente, jamais confundir uma missão alheia como sendo sua. Cada um tem o seu próprio triunfo, seu sucesso esta à sua espera.

Embora a lenda do santo Graal seja de extrema beleza, pois ela marca a busca interior, a purificação do ser para uma transformação em algo mais profundo – e fascinante a todos os cavaleiros, apenas Galahad estaria capacitado, não por ser o melhor cavaleiro, mas por ser esta a sua missão. Quando de posse do Graal, Sir Galahad deixou o seu corpo físico, deixando apenas Sir Bors como única testemunha de seu feito – pois o outro presente, Sir Percival, viveu algum tempo após como um monge, morrendo cerca de um ano depois. Sir Bors retornou a Camelot onde muitos julgavam-no morto depois de tantos anos afastado. Arthur, saudoso dos tempos de glória, ordenou que a história da busca do Santo Graal fosse escrita e guardada mais tarde numa biblioteca de Salisbury. Sir Bors também transmitiu a última mensagem de Galahad a seu pai, Sir Lancelot. Para que lembrasse da fragilidade da vida humana; Lancelot entendeu prontamente, e chorou de forma copiosa.

E, ao contemplar a Távola Redonda com seus lugares vazios, Lancelot sabia que a glória de Logres estava próxima a terminar...

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A CRIAÇÃO DE CAMELOT


Camelot era o reino do Rei Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. Ele foi criado depois que Arthur conseguiu expulsar os saxões de sua terra, ganhando com isso a aliança dos inimigos. Antes, Arthur morava no Castelo de Tintagel, onde era a base de seu reino. Em Camelot, Arthur construiu a sala da Távola Redonda e foi aí que começou a ser criada a ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda (que eram todos os homens feitos cavaleiros por Arthur). O local era em cima de uma montanha, rodeado por um lago e muito fortificado visto que a altura facilitava a visão da guarda. Foi ali que Arthur conseguiu a felicidade e a calmaria.

Camelot seria o reino onde Arthur estabelecera sua corte, mas onde ficava Camelot e de onde teria surgido este nome?

Supõe-se que o nome Camelot, referindo-se à suposta capital de Arthur, tenha sido dado pela primeira vez, no século XII, pelo romancista francês Chrétien de Troyes. Não há nenhuma garantia histórica sobre a existência de tal capital e essa idéia só entra na história depois que o general Arthur se transformou mitologicamente na figura do rei. Acredita-se que Camelot seja uma corruptela francesa para Camalodunum, nome romano de Colchester. Em 1542, um antiquário chamado John Leland visitou a colina de Cadbury (ao lado), em Somerset, que os habitantes chamavam de Palácio de Arthur, e ficou realmente convencido de que lá ficava a Camelot de Arthur, o que levou a chamá-la de Camelot e interpretar erroneamente o nome da vila vizinha de Queen's Camel, dizendo que originalmente poderia ter-se chamado Queen's Camellat. Essa associação infeliz ocultou as prentenções de Cadbury ser a verdadeira fortaleza de Arthur.

Cadbury, próxima a Glastonbury, é um monte de 75 metros de altura cujo topo se estende por 8 hectares. O monte é cercado por quatro elevações, uma acima da outra, remanescentes de antigas obras de defesa. Em 1960, provou-se que o local foi habitado entre 500 e 400 a.C.; que os romanos a encontraram ocupada, massacraram alguns de seus habitantes e removeram o restante para o nível do solo; e que mais tarde desmantelaram o forte e aplainaram o topo da colina. Outro estágio das escavações arqueológicas revelou que a colina havia sido refortificada em 470 d.C., fato provado pela presença, nos muros e pilares, de fragmentos de cerâmica do estilo Tintagel do século V.

Os locais foram sugeridos para a capital de Arthur, como Caerlon-on-Usk, no País de Gales, mostrado nos textos de Godofredo de Monmouth. O patrono de Willian Caxton, que editou a versão de Malory da lenda de Arthur, afirmava que existia uma cidade de Camelot, no País de Gales, que parecem ser os remanescentes romanos de Caerleon. Já Malory identificava Camelot como sendo a atual Winchester. No entanto, parece que as maiores evidências são para a Colina de Cadbury como a fortaleza de Arthur, já que esta servia perfeitamente como quartel-general para alguém que estivesse lutando no sudoeste da Inglaterra, em uma batalha travada no perímetro da planície de Salisbury.

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